O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB) inicia na quinta-feira uma greve aos serviços
de prevenção em casas de espetáculos e eventos, reivindicando à Câmara pelo menos mais 200 bombeiros para resolver a falta de efetivos.
de prevenção em casas de espetáculos e eventos, reivindicando à Câmara pelo menos mais 200 bombeiros para resolver a falta de efetivos.
A greve irá começar às 00:00 de quinta-feira, deixando o RSB de assegurar "todos os serviços de prevenções [em casas de espetáculos] e eventos" apoiados pela Câmara de Lisboa até às 24:00 de 2 de julho, explicou à Lusa o coordenador do departamento de bombeiros doSindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), António Pascoal.
O período de greve vai abranger toda a época das Festas de Lisboa, que têm o seu ponto altono dia 12 de junho (Dia de Santo António, padroeiro da cidade), mas que congregam várias festas em toda essa semana.
Em 2011, com a entrada de 150 novos bombeiros +ara o regimento, o RSB passou a fazer serviços de prevenção em casas de espetáculos sob gestão da Empresa de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) e em eventos apoiados pela Câmara de Lisboa.
Segundo o sindicalista, "na altura, havia bombeiros suficientes para guarnecer as viaturas para não pôr o socorro em causa, mas, desde 2011, foram para a reforma mais de 100 bombeiros", o que significa que "neste momento, voltou-se a pôr em causa o socorro" prestado pelos 10 quartéis da cidade de Lisboa.
Atualmente, "não há bombeiros suficientes para fazer esse tipo de serviço", afirmou António Pascoal, explicando que o STML tem vindo a pedir à Câmara de Lisboa que "faça ingressar, no mínimo, mais 200 novos bombeiros".
Para colmatar os casos de reformas, a autarquia "abriu concurso para apenas 50 vagas" e, mesmo assim, esses novos efetivos "só entrarão [a serviço] daqui a um ano e meio", criticou o sindicalista.
A greve visa conseguir por parte da Câmara de Lisboa a entrada de novos recrutas no RSB para completar o quadro atual de 1.112 bombeiros, mas que, neste momento, se faz com 750 bombeiros, informou o sindicalista.
Os bombeiros do RSB de Lisboa não têm nenhum plano de serviços mínimos para este tipo de serviços, pelo que continuarão apenas a prestar "o serviço normal de socorro" na cidade.
"A população pode estar tranquila, porque todo o serviço de socorro será assegurado. Não iremos fazer é prevenções a casas de espetáculos" como o Teatro Maria Matos ou o Teatro São Luiz, garantiu o responsável do STML.
Para o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, é uma opção da Câmara abrir ou não as casas de espetáculos durante o período de greve, "se o fizer é à sua inteira responsabilidade" a segurança das pessoas.
"É essencial nestas casas de espetáculo haver bombeiros de prevenção", defendeu o sindicalista António Pascoal.
O coordenador do departamento de bombeiros do STML referiu ainda que o período de greve vai colidir com vários eventos na cidade, nomeadamente as Festas de Lisboa, que se realizam no mês de junho, sugerindo à Câmara de Lisboa que pague aos "bombeiros no seu período de folga, não descurando assim o socorro, nem pondo em causa a segurança dos bombeiros".
Fonte: Noticias ao Minuto