Os Bombeiros de Alcácer do Sal vão, “finalmente”, mudar-se, no domingo, para o novo quartel, cerca de 20 anos depois do início do projeto, disse o presidente da instituição.
A inauguração das novas instalações, que visam substituir o atual edifício, ocupado pela corporação há 80 anos, esteve inicialmente prevista para 2011, mas foi sucessivamente adiada, explicou o presidente da Associação dos Bombeiros Mistos de Alcácer do Sal (ABMAS), António Balona.
Os bombeiros estão agora a ultimar a mudança para o novo quartel, na zona nova da cidade de Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, o que deixa o dirigente “felicíssimo”, apesar das dificuldades que surgiram durante o “longo processo”, entre as quais de financiamento. A falência de uma das empresas contratadas e o surgimento de defeitos estruturais no edifício foram outros obstáculos que a corporação teve de ultrapassar, indicou António Balona.
O quartel da ABMAS, que representa um investimento aproximado de dois milhões de euros, é inaugurado no domingo à tarde, sendo esperada a presença da ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues. A obra foi comparticipada em cerca de 500 mil euros por fundos comunitários e teve também apoios financeiros da Câmara Municipal de Alcácer do Sal que, no total, rondaram os 450 mil euros.
O município assegurou ainda a construção das acessibilidades e o arranjo da zona envolvente, entre outros aspetos da obra, referiu o dirigente da ABMAS, que é também presidente da Assembleia Municipal de Alcácer do Sal. A associação de bombeiros, acrescentou, teve de contrair um crédito bancário para fazer face a alterações ao projeto inicial, que não contemplava, nomeadamente, uma sala de formação.
No início do ano passado, António Balona previra à Lusa que a mudança para o novo quartel seria realizada na primavera, uma vez que faltava apenas a instalação de energia elétrica e do sistema de telecomunicações, bem como a colocação de mobiliário e de equipamentos. Com uma primavera de atraso, a obra em vias de inauguração permite aos bombeiros abandonar um edifício que o dirigente considerava já “incompatível” com o trabalho da corporação, por estar “muito degradado” e sofrer inundações sempre que subia o caudal do rio Sado, que banha a cidade. A ABMAS tem mais de 25 funcionários e conta com um corpo ativo de cerca de 50 bombeiros.
Fonte: Setúbal na Rede