A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, enalteceu hoje, em Braga, o trabalho das equipas de sapadores florestais e preconizou «uma aposta na prevenção, porque geralmente nós temos a acção humana na origem dos incêndios florestais seja por dolo ou negligência».
Assunção Cristas destacou «o trabalho que se tem desenvolvido a nível de prevenção, por parte dos sapadores florestais, com tarefas que são discretas, em épocas do ano em que não existe ninguém que se aperceba daquilo que estão a fazer».
«É um trabalho intenso, árduo e muito exigente», segundo afirmou Assunção Cristas, explicando «haver pouca gente que se dá conta de um trabalho permanente que exige muito fisicamente devido às condições em que é executado. Hoje estamos a fazer muito mais e melhor do que há quatro anos atrás, quando as equipas de sapadores florestais não estavam devidamente enquadradas e apetrechadas».
A ministra anunciou ainda que «nos últimos quatro anos 66 mil hectares de gestão de áreas combustíveis foram realizados por sapadores, 4.500 hectares de reutilização, 12 mil quilómetros de beneficiação de rede viária florestal e 1.650 acções de sensibilização para a preservação das nossas florestas».
Assunção Cristas, falando durante a entrega de equipamentos de protecção individual a cerca de meio milhar de sapadores florestais da Região Norte, que decorreu esta tarde, em Braga, disse «estarem a aparecer os primeiros sinais da época dos fogos quando o tempo aquece e os fogos aparecem», como sucedeu nos últimos dias, na zona do Minho.
«Temos cerca de 1.390 sapadores florestais, cuja fatia maior está na Região Centro, a quem agora concluímos a entrega dos equipamentos de protecção individual», afirmou Assunção Cristas, enaltecendo «a qualidade do material entregue, porque os senhores é que estão sempre na primeira linha, não só em termos de prevenção, como no combate aos fogos florestais».
A ministra revelou que além das 21 viaturas entregues em Dezembro de 2014, mais 59 serão entregues, em breve, a fim de repor o parque de viaturas, mas também «para as 20 novas equipas que vamos constituir até ao final deste ano» com um investimento de seis milhões e meio de euros, «reforçando o Programa de Sapadores Florestais, em tempo de tantos constrangimentos financeiros». Assunção Cristas recordou existir igualmente um Fundo Florestal Permanente com o valor de oito milhões e 400 mil euros para este ano.
Assunção Cristas dirigindo-se aos sapadores florestais presentes «saudou calorosamente cada um de vós, demonstrando a força que têm ao estar todos os dias no terreno em que se dedicam às florestas e à prevenção dos fogos florestais».
Fonte: O Vilaverdense
