Albano Teixeira será o próximo comandante dos Bombeiros Voluntários de Lousada. Aos 41 anos, este licenciado em Engenharia de Protecção Civil troca a corporação de Vila Meã, que comandou durante oito anos, pelos Bombeiros lousadenses.
Com a chegada de Albano Teixeira chega ao fim um processo que levou dezenas de voluntários a revoltarem-se contra o anterior comandante Miguel Pacheco e que chegou a ameaçar a eficácia do socorro no concelho.
Um ano depois de 58 bombeiros terem pedido a demissão do comandante Miguel Pacheco, a corporação lousadense contrata um novo líder. Albano Teixeira irá tomar posse em breve para concretizar o objectivo de estabilizar a corporação responsável pelo socorro em todo o concelho lousadense. Isto mesmo salienta Antero Correia, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lousada. "Precisávamos de estabilizar a corporação", diz.
O mesmo responsável explica que o próprio Miguel Pacheco "sentiu-se desgastado" com um conflito que abalou os alicerces dos Bombeiros e pediu a demissão. Dias depois, a direcção da instituição decidiu avançar para a contratação do antigo comandante de Vila Meã. "Albano Teixeira estava disponível e tem provas dadas. Como escolhemos sempre os melhores, decidimos contratá-lo", explica Antero Correia.
O presidente salienta ainda o facto de Albano Teixeira ser "bombeiro desde os 13 anos" e ter uma experiência que Miguel Pacheco não tinha por nunca ter sido bombeiro. "Estabilidade é a palavra-chave. Por outro, queremos que os Bombeiros de Lousada sejam uma referência no distrito do Porto", acrescenta.
Oito anos a comandar corporação de Vila Meã
Albano Teixeira chega a Lousada com 41 anos. Antes, tinha passado quase duas décadas como bombeiro de Vila Meã, corporação que comandou durante os últimos oito anos. Já como comandante, Albano Teixeira licenciou-se em Engenharia de Protecção Civil.
Recentemente, tinha anunciado a sua saída do comando de Vila Meã por razões profissionais.
Em Lousada, Albano Teixeira irá substituir Miguel Pacheco, um comandante que fica marcado pelo conflito com parte dos elementos do corpo activo. Antigo militar da GNR e ex-comandante da Polícia Municipal de Paços de Ferreira, Miguel Pacheco não conseguiu cativar os bombeiros voluntários e, no final de Abril do ano passado, 58 assinaram uma carta a pedir a sua demissão e a ameaçar passar ao quadro de inactividade. Na mesma missiva, os voluntários criticavam a "má organização" da corporação, denunciavam o tratamento dado aos bombeiros, contestavam as escolhas para adjuntos do comando e exigiam o afastamento do funcionário ao serviço na secretaria do comando.
O conflito entre as duas partes levou à queda da direcção e à marcação de eleições antecipadas que levaram Antero Correia a substituir o então presidente Tavares Oliveira.
Miguel Pacheco, que foi nomeado comandante em Dezembro de 2012, manteve-se em funções até agora.
Fonte: Verdadeiro Olhar