A famÃlia de uma idosa de 95 anos, que faleceu na segunda-feira passada no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), denuncia que a burocracia criada pela portaria 142-B/2012, sobre transporte de doentes, fez atrasar o socorro à vÃtima.
Gracinda dos Prazeres foi vÃtima de queda, em Agroal, Coja, o que lhe provocou fraturas numa perna e num braço, à s 7H30 de domingo passado. Socorrida pelos Bombeiros Voluntários de Coja, foi atendida, numa primeira fase no Serviço de Urgência Básica de Arganil.
Dada a ordem de transferência para Coimbra, a idosa teve que esperar pela ambulância de Arganil, para fazer o transporte, porque é esta corporação que está mais perto da SUB de Arganil, embora a ambulância de Coja estivesse estacionada à frente do edifÃcio. Esta mudança de ambulância implicou que a vÃtima tivesse de ser desmobilizada da maca onde estava, para outra, da ambulância dos voluntários de Arganil. Com todos estes procedimentos, Gracinda dos Prazeres só chegou ao CHUC à s 11H00, vindo a falecer cerca de 24 horas depois, mesmo tendo sido operada.
A neta da vÃtima não atribui uma relação de causa/efeito entre o procedimento de socorro e o falecimento, mas diz-se “indignada pela demora no transporte, com a repetição dos procedimentos de imobilização, só porque [de acordo com a lei] não podiam ser os voluntários de Coja a fazer o segundo transporte, num caso que resultou num desfecho infeliz”.
Fonte: Diário As Beiras