Um acidente rodoviário que envolveu duas viaturas ligeiras no interior do túnel da Gardunha, seguido de um incêndio e com três feridos graves foi o pano de fundo para o simulacro que decorreu naquele local e que envolveu todos os agentes com responsabilidades ao nível da protecção civil do distrito.
Cerca das 11 da manhã foi dado o sinal de alerta e todos os meios se mobilizaram para o local o que obrigou ao corte total de circulação no interior do túnel no sentido Castelo Branco/Fundão. Rui Esteves, comandante operacional distrital, considera que numa primeira avaliação a resposta foi muito positiva e alerta para se ter verificado uma situação que pode muito bem ocorrer em contexto real “desenvolvemos este cenário para quem utiliza uma via deste tipo perceba que há um risco e se o conhecer e souber quais os procedimentos que deve ter e o que não deve fazer naturalmente que as consequências podem ser menos gravosas; no entanto esta é uma situação que pode acontecer a qualquer momento e temos que estar preparados para poder responder a esta ou a qualquer outra circunstância”
Rui Esteves acrescenta que a realização deste exercício em tempo real “vai permitir introduzir algumas melhorias em relação ao actual plano de segurança do túnel porque temos de ter a capacidade de perceber aquilo que fizemos bem e aquilo que ainda pode ser melhorado mas para isso é preciso testar e nós tivemos a coragem de estar a testar como se efectivamente fosse uma situação real”.
O primeiro exercício que se realizou no túnel da Gardunha foi um simulacro de sala e que permitiu identificar a necessidade de introduzir algumas melhorias como o reforço do sistema de comunicações móveis, a introdução de um sistema sonoro de aviso e ainda a aplicação de luzes “LED” por forma a permitir melhorar as condições de visibilidade em caso de uma catástrofe. O comandante operacional distrital afirma que “permitiu claramente perceber que muitos dos investimentos feitos são hoje a chave do sucesso que temos no interior do túnel; por exemplo em relação à questão dos «LED´S”, se eles não estivessem a funcionar nós não saberíamos para onde caminhar”.
Também o director geral da Scutvias fez uma avaliação positiva do resultado deste exercício, que permitiu também testar o plano de primeira intervenção da empresa concessionária da A 23. Pinho Martins mostrou ainda a disponibilidade da empresa para vir a complementar os investimentos na melhoria da segurança rodoviária de acordo com a avaliação final quer será feita deste exercício “penso que de uma maneira geral o exercício correu bem, os investimentos que fizemos resultaram e agora vamos aguardar pelos resultados sendo certo que se as conclusões indicaram que há necessidade de fazer alguns aperfeiçoamentos que impliquem novos investimentos, nós cá estaremos para os fazer”.
Fonte: Radio Cova da Beira