A Autoridade Nacional de Proteção Civil apresentou ontem o balanço da temporada de incêndios, com dados entre janeiro e outubro de 2014.
No panorama criminal, nesse período, houve mais sete autos por crimes de incêndio do que no mesmo período em 2013. O Barlavento algarvio registou a maior área ardida. Entre 1 de janeiro e 31 de outubro de 2014, a GNR levantou 187 autos por crimes de incêndio, um acréscimo de sete autos quando comparado pelo mesmo período em 2013. Apesar de não ter havido nenhuma detenção em flagrante pelas autoridades, no total 65 pessoas foram constituídas arguidas por fogo posto.
No total, o Algarve registou 399 incêndios até outubro deste ano. A grande maioria (49%) ocorreu em terrenos agrícolas e teve origem em queimadas. Ardeu um total de 848 hectares de área, sendo que a zona do Barlavento foi a mais fustigada. Só os incêndios da Mexilhoeira Grande e de São Marcos da Serra, nos concelhos de Portimão e Silves, corresponderam a 68% do total da área ardida. Destaque ainda para a particularidade de a maior incidência de fogos ter tido lugar entre os dias 15 de maio e 30 de junho, em vez de nos meses mais quentes, como julho e agosto.