Covilhã: Bombeiros “Não Estão A Ser Tratados Como Merecem” - VIDA DE BOMBEIRO

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

sábado, 20 de dezembro de 2014

Covilhã: Bombeiros “Não Estão A Ser Tratados Como Merecem”

A afirmação feita pelo presidente da direcção da corporação na última assembleia geral em que os
sócios aprovaram por unanimidade o plano de actividades para 2015.

Em causa o reduzido valor dos apoios que os soldados da paz tem recebido nos últimos anos por parte da autarquia “a câmara atribui-nos um subsídio de 40 mil euros referente a 2013 do qual ainda nos falta receber cerca de cinco mil euros e foram deliberados outros 40 mil euros referentes ao ano de 2014 mas que só vão ser liquidados no próximo ano e isso naturalmente que nos causa grandes dificuldades; a responsabilidade da protecção civil pertence aos municípios e se a câmara municipal tivesse que ter para a protecção civil os telefonistas todos os dias do ano como nós temos esse subsídio não dava para pagar os ordenados desses operadores de central embora eu acredite, pela sensibilidade que me tem sido demonstrada, que essas coisas podem ser alteradas”.

Joaquim Matias acrescenta que apesar de algumas medidas positivas, como a atribuição aos soldados da paz de uma centésima do valor do IMI a partir de 2015, a autarquia deve ter outra sensibilidade em relação ao trabalho dos bombeiros, deixando como exemplo o que sucede noutras corporações do distrito “por exemplo Idanha recebe cerca de 200 mil euros por ano, Belmonte recebe muito mais do que nós, Castelo Branco injectou 13 milhões de euros na protecção civil nos últimos 15 anos e essas corporações é que estão a ser tratadas como deve ser e a da Covilhã não está a ser tratada como merece e eu espero que esta associação possa ser tratada de outra forma porque estamos sempre onde é necessário à disposição de toda a gente”.

Apesar da aprovação por unanimidade do orçamento para o próximo ano, os bombeiros estimam encerrar 2015 com um prejuízo na ordem dos 65 mil euros. Uma situação que, de acordo com Joaquim Matias, se pode ficar a dever à diminuição de verbas referentes ao transporte de doentes “se eventualmente for por diante a intenção de que a partir do próximo ano o transporte de doentes possa ser assegurado por privados isso vai ser extremamente penalizador para os bombeiros voluntários de Portugal e sei que estão a ser tomadas medidas no sentido de essa proposta não se concretizar; se assim for eu acredito que nós vamos chegar a Março de 2016 com um resultado positivo uma vez que a projecção que agora é feita tem em conta a concretização dessa possibilidade”.

Fonte: Radio Cova da Beira