A paisagem é negra. Vazia.
Ouvem-se murmúrios de quem viu a sua vida desaparecer em poucas horas.
Suspiros que cortam o vento noturno. Agora, apenas vento. Outrora, naquele mesmo local, escutava-se o balançar da folhagem das árvores da floresta que desapareceu.
Hoje, a tristeza apoderou-se dos habitantes das redondezas. Raiva, revolta e falta de fé, de esperança. Muitos já desistiram.
Os mais fortes, os sobreviventes, aqueles que acreditam num futuro reconstruído, arregaçam as mangas e metem mãos à obra. No calor do dia, cortam a pouca lenha que sobrou da calamidade. Há-que aproveitar o pouco que resta.
Alguns, fechados em casa, agradecem e bradam aos céus. O que seria deles sem os Bombeiros…
Tudo isto para deixar aqui a minha pequena homenagem aos Bombeiros portugueses, esses que lutam dia-a-dia pela proteção dos cidadãos. Porque Portugal não é um país em guerra, os Bombeiros acabam por ser autênticos soldados em colaboração com as Forças Armadas.
Juntos, combatem pela Segurança Nacional. Juntos, arriscam a sua integridade física pela proteção de cada um de nós, cidadãos.
Aos Bombeiros deixo a minha pequena homenagem representada nesta simples e curta publicação.
Flávio Nunes