Chegou em 2002 à liderança da associação humanitária e vai cumprir 15 anos na presidência
Mário Sousa foi, na última segunda-feira, reeleito presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paredes. Prestes a completar 72 anos, Mário Sousa já tinha anunciado a sua retirada, mas acabou por ceder à pressão para continuar à frente dos destinos da corporação. Vai, assim, cumprir 15 anos como presidente.
Ao VERDADEIRO OLHAR, Mário Sousa revela que os objectivos para o próximo mandato – que garante ser o último – passam pela aquisição de uma auto-escada, realização de obras no quartel e aposta na formação especializada dos bombeiros. Para os concretizar conta com um orçamento, apenas para 2015, no valor de 1,4 milhões de euros.
"Queria ir embora, mas cedi à pressão"
Mário Sousa foi comandante dos Bombeiros Voluntários de Rebordosa, mas foi na corporação de Paredes que se tornou presidente. Corria o ano de 2002 e, 12 anos passados, o ex-empresário do sector dos têxteis olha para trás e salienta um investimento a rondar os 1,5 milhões de euros. "Requalificámos o quartel, comprámos 17 viaturas, para além de remodelarmos outras três, e equipámos todos os bombeiros com fardamentos de protecção individual e de gala", frisa.
"Somos das poucas corporações em que todos os bombeiros têm todos os fardamentos", acrescenta. Mário Sousa também salienta uma "recuperação financeira importante", que permitiu à corporação passar de "um saldo negativo" para uma "situação estável". "Neste momento, os Bombeiros de Paredes têm cerca de cem voluntários e 20 assalariados. Contrariamente à tendência do país, este ano contratámos mais seis funcionários para fazer face ao transporte inter-hospitalar", diz.
Perante estes números, Mário Sousa acreditava que estava na hora de sair. Anunciou a retirada, mas teve de voltar atrás na intenção. "Queria ir embora, mas cedi à pressão das pessoas que queriam que continuasse", admite.
Por este motivo, Mário Sousa liderou a única lista que, na segunda-feira, se apresentou a sufrágio e conquistou um amplo consenso entre os 50 sócios que foram às urnas. Destes, apenas cinco votaram em branco.
Três objectivos para concretizar em três anos
Com um mandato de três anos para cumprir, Mário Sousa já definiu os objectivos. "O primeiro é concretizar a aquisição da plataforma elevatória. Este é um objectivo que tenho desde que tomei posse e o único que me faltava atingir", afirma.
Este equipamento, mais conhecida por auto-escada e que serve para combater fogos em prédios de vários andares, representa um investimento de 700 mil euros, dos quais 85 por cento serão comparticipados por fundos europeus. A restante parte seria suportada pela corporação, mas a Câmara Municipal de Paredes já se mostrou disponível para pagar. "Pelo que sabemos, o processo está adiantado e é nossa esperança tê-la cá antes do início do próximo Verão", revela.
Segundo Mário Sousa, outro intuito passa pela retirada da cobertura em amianto do quartel. "Vamos avançar já com uma obra, que é urgente, no valor de dez mil euros. Mas depois vamos apresentar uma candidatura ao QREN no valor de 55 mil euros", declara o presidente antes de anunciar o terceiro objectivo: "Queremos um incremento na formação dos bombeiros e passar para um patamar de maior especialização".
Um orçamento de 1,4 milhões de euros, para 2015, sustenta as ambições de um homem que se assume "como um presidente a tempo inteiro", mas que garante que vai cumprir o seu último mandato.
Fonte: Verdadeiro Olhar