A falta de condições da maioria das bases do INEM leva a que as ambulâncias sejam lavadas na rua, deixando na via sangue e outros fluídos. A falta de condições expande-se aos técnicos, que em muitos casos não têm sequer um local para tomar banho, adianta o Jornal de Notícias.
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Ambulância e Emergência (STAE) transmitiu ao Jornal de Notícias aquelas que são algumas das suas maiores preocupações.
Nas bases do INEM espalhadas pelo país, é recorrente ver ambulâncias a serem lavadas a desinfetadas na via pública, uma vez que não existe um local apropriado para o fazer.
De vassouras e esfregonas na mão, os técnicos dão conta do recado, quando entendem que há necessidade para tal. Isto porque a frequência das limpezas fica a cargo das direções regionais do INEM. Sangue e outros fluídos vão, assim, parar à via pública, comprometendo a higiene que, desejavelmente, deveria ser acautelada.
“As ambulâncias deviam ser levadas para um local próprio para limpeza e desinfeção e substituídas por outras de reserva. Ficavam mais bem limpas e reduziam-se as horas de inoperacionalidade”, explicou Ricardo Rocha.
Uma vez que muitos espaços – geralmente cedidos por hospitais e centros de saúde – não são cobertos, esta tarefa é feita não raras vezes à chuva, com todos os constrangimentos que isso implica.
Em pleno verão, as temperaturas dentro das viaturas “chegam a atingir temperaturas acima dos 50 graus, inoperacionalizando os equipamentos e comprometendo a validade dos fármacos”, lamentou o responsável.
Já no que toca ao bem-estar dos técnicos, também esse está comprometido pela falta de condições. Tomar banho é, em muitas bases, impossível, já que não há duches ou água quente ao fim de semana. Em Viseu, por exemplo, não há sequer casas de banho. E há instalações onde cabem apenas dois cadeirões, por serem demasiado pequenas.
Questionado pelo Jornal de Notícias, o INEM não deu resposta em rempo útil.
Fonte: Noticias ao minuto
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