O coletivo de juízes que está a julgar na secção de proximidade de vouzela, os dois suspeitos de terem ateado o incêndio no Caramulo, onde morreram quatro bombeiros, negou esta sexta-feira um pedido de avaliação psiquiátrica ao arguido Fernando Marinho, de 21 anos, tal como pretendia o seu advogado.
O pedido surgiu após o testemunho de uma professora que deu aulas ao arguido há dez anos. Isabel Ferreira declarou que, na altura, Fernando apresentava dificuldades de aprendizagem e que não era apoiado pela família. " Se os colegas pensassem em fazer alguma coisa, ele também ia" , acrescentou.
No seguimento destas declarações e com base no relatório social, o mandatário de Fernando Marinho fundamentou um requerimento no sentido de ser feira uma perícia psiquiátrica ao arguido para determinar o grau de imputabilidade.
O procurador do Ministério Público considerou que Fernando manteve sempre durante a audiência um discurso " coerente". Acrescentou que, de acordo com o relatório social, o arguido tem uma uma personalidade imatura e influenciável e com uma estrutura emocional frágil, "mas dispondo capacidade para distinguir o lícito do ilícito", argumentou, na mesma linha do que disse o presidente do coletivo de juízes, que indeferiu o pedido.
Fonte: JN
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