Os incêndios verificados no Caramulo, em 2013, terão contribuído para mais um aumento do caudal do Rio Águeda, que voltou hoje a transbordar “ligeiramente” e a cortar ruas e estradas situadas em leito de cheia. A ausência de vegetação da serra origina uma menor retenção das águas das chuvas e o aumento do caudal do rio processa-se com mais rapidez.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida, considera que enquanto a vegetação no Caramulo não voltar a crescer “teremos problemas acrescidos” na bacia hidrográfica. Para o autarca, as obras que decorrem na ponte de Ois da Ribeira já se refletem no escoamento das águas. “O aterro já foi removido, tendo por finalidade aumentar a secção de vazante”, referiu.
Outra obra tida como importante para diminuir o efeito das cheias em Águeda é o canal que está a ser construído entre o Sardão e Paredes. A obra está parada neste momento devido a “problemas com os empreiteiros”. Uma das empresas do consórcio solicitou o Plano Especial de Revitalização. “A Câmara tem acompanhado o processo e espera que se resolva a contento”, disse Jorge Almeida. Falta ligar o canal ao rio Águeda e reforçar a estrutura da “ponte do Miguel”, na EN1, para concluir a empreitada.
“Grande parte dos empreiteiros debate-se com extraordinárias dificuldades financeiras, essencialmente de liquidez”, comentou o autarca, para quem esta situação é “o reflexo do país”. Além de verem negados “financiamentos bancários”, “as subempreitadas e os materiais são pagos à cabeça”, o que se reflete na “dificuldade de tesouraria” para fazer face às empreitadas.
Jorge Almeida garantiu, todavia, que os trabalhos executados estão pagos pela autarquia aguedense, “a maior interessada” que o Plano Especial de Revitalização apresentado por uma das empresas do consórcio seja resolvida a contento.
Fonte: http://www.regiaodeagueda.com/
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