Incêndio do Caramulo Reconstituído pelo Tribunal - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Incêndio do Caramulo Reconstituído pelo Tribunal

Cerca de 40 pessoas, entre coletivo de juízes, magistrados, advogados e assistentes deslocaram-se esta terça-feira à serra do Caramulo onde foi feita a reconstituição dos focos de incêndio que terão resultado na morte de quatro bombeiros, no verão de 2013.

A reconstituição dos factos havia sidopedida pelo advogado de Patrick Teixeira, um dos arguidos, que juntamente com Fernando Marinho, estão a ser julgados na secção de proximidade de Vouzela, acusados de um crime de incêndio florestal, quatro de homicídio qualificado e de 13 de ofensa à integridade física qualificada. O primeiro arguido responde ainda por um crime de condução sem habilitação legal.

Com base na investigação da GNR e no depoimento de Fernando Marinho, que confessou ter ateado fogos com o amigo, os factos foram reconstituídos, ao longo de duas horas,entre as 11 e as 13 horas, com a ajuda de António Campos da GNR.

Na noite de 20 de agosto, os dois arguidos terão ido de mota ( scooter) em direção a Nogueira de Alcofra, onde pararam. Patrick terá ido fazer necessidades e Fernando só se terá apercebido de uma coluna de fumo quando ambos saiam do local. Daqui subiram por um caminho de terra batida até à barragem de Meruge. Voltaram a parar a mota e durante 4 minutos fizeram um percurso a pé à volta da barragem. " Patrick disse que queria incendiar tudo e ateou aqui o segundo foco de incêndio", indicou o mestre António Campos ao presidente do coletivo de juizes, Carlos Oliveira, apontando para o vale, onde existe menos vento. O incêndio queimou 0,8 hectares e foi extinto rapidamente pelos bombeiros que o descobriram por acaso. Já em Silvares, junto às Torres eólicas, Fernando Marinho terá ateado seis focos de incêndio depois de o amigo lhe ter dito " Não és homem nem és nada se não pegares fogo a essas ervas", recordou António Campos, que afirma que o fogo alastrou em direção à Penoita( Vouzela).

" Não há dúvida que foi o primeiro foco de incêndio, ateado em Nogueira de Alcofra que provocou os acidentes no Caramulo", concluiu ao ser questionado pelo presidente do coletivo de juízes.

Tal como é descrito na acusação, alguns dos percursos de terra batida foram feitos apeados, segurando a mota, necessidade que se confirmou hoje durante a reconstituição dos factos.

Os arguidos não estiveram presentes por razoes de segurança.

Fonte: JN

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