Depoimento dado por videoconferência era contraditório.
O julgamento dos incendiários do Caramulo continuou esta sexta-feira, numa sessão considerada fundamental para perceber o que realmente aconteceu na noite de 20 para 21 de agosto de 2013.
Para isso foi ouvida uma testemunha chave - Bruna Alexandra - que terá mantido um relacionamento amoroso com o arguido Luís Patrick. Mas o depoimento realizado através do sistema de videoconferência pautou-se por contradições.
A jovem negou ser mais do que apenas amiga dos dois suspeitos e afirmou que naquela noite esteve sempre acompanhada por Patrick, retirando o arguido do cenário onde aconteceram os crimes. Foi confrontada com mensagens escritas e telefonas comprometedores que efetuou naquela noite e nos dias seguintes mas nunca assumiu que agiu para proteger o ex-companheiro.
Apesar dos constantes apelos à verdade, feitos pelo presidente do coletivo de juízes, a jovem não alterou o depoimento e o Ministério Público pediu que fosse instaurado um inquérito para apurar a prática de falsas declarações.
Luís Patrick voltou a garantir estar inocente, já o advogado de Fernando Marinho viu negado o pedido de realização de uma perícia psiquiátrica para avaliar o grau de imputabilidade do seu cliente.
Na secção de proximidade de Vouzela também foi também ouvida a mulher que deu o alerta aos bombeiros. Maria Simões contou que de sua casa, em Alcofra, viu pelo menos quatro vezes as luzes de um veículo que andava, parava mais à frente e que de seguida surgia um clarão.
O julgamento prossegue na manhã do dia 30 de outubro.
Fonte: Correio da manha
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