Meia dúzia de ninhos de vespas com alguma dimensão foram assinalados e destruídos este Verão no concelho de Arouca, reflectindo uma tendência que se vem agravando nos últimos tempos.
As denúncias são feitas pelos moradores que vivem nas proximidades e depois é necessário averiguar se se tratam mesmo de vespas asiáticas responsáveis pela decapitação das abelhas produtoras de mel.
«De todos os vespeiros, apenas um era efectivamente de vespa velutina (asiática).
Os outros eram das ditas vespas comuns», refere ao RODA VIVA um operacional que participou na campanha.
A última intervenção coordenada entre os Bombeiros Voluntários e o Serviço de Protecção Civil da CMA
foi efectuada no lugar do Bairro, freguesia de Moldes, tendo-se desenvolvido com o mesmo método: a incineração controlada do ninho, com os executores devidamente protegidos. Foi o culminar de uma estratégia que atravessou todo o Verão, com diversas acções: na freguesia de Alvarenga (Lourido),
de Moldes (Bairro, Celado e Friães), de Rossas (Vila Coval), e de Covelo de Paivó.
«O que se tem observado é que cada vez mais existem mais vespeiros e de maior dimensão. Embora exista o mito de "7 matam um cavalo", as picadelas deste insecto, embora dolorosas, normalmente não trazem consequências que vão para além do inchaço e da dor». O problema maior poderá residir nas pessoas que são alérgicas. Estas devem adoptar comportamentos defensivos, isto é, não se aproximar dos ninhos, e na eventualidade a picada devem recorrer à unidade hospitalar mais próxima para receberem tratamento adequado. Caso as pessoas detectem estes ninhos devem entrar em contacto com os Bombeiros ou com a Protecção Civil Municipal.
No norte do país, há já brigadas formadas para detectar a presença dessas vespas. Há um plano nacional de prevenção e combate, recentemente actualizado, da responsabilidade da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.
A vespa asiática, também conhecida por vespa mandarina u vespa velutina, é a maior vespa do mundo, o seu comprimento é de aproximadamente 50 milímetros - a rainha pode chegar aos 55 milímetros - e é oriundada Ásia Oriental. A ciência diz que é uma exímia caçadora que se alimenta de outros grandes insectos. As abelhas fazem parte dessa ementa. Um único zangão é capaz de matar 40 abelhas.
E bastam-lhe poucas horas para devastar uma colónia.
Fonte: Roda Viva
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