O secretário do Ambiente e Recursos Naturais da Madeira destacou hoje a importância dos projetos de reflorestação de áreas privadas devastadas pelos incêndios de 2010 nas serras sobranceiras do Funchal para a segurança da cidade.
"Em 2010 tivemos fortes incêndios na Madeira e desde logo foi estabelecido um plano de recuperação quu tinha dois patamares", disse Manuel António Correia durante uma visita que efetuou a um projeto desenvolvido por um privado no Montado dos Piquetes, localizado na estrada entre o Poiso e o Arieiro.
O responsável salientou que, além da intervenção de áreas públicas, da responsabilidade do Governo Regional da Madeira, que "está em bom andamento", foram criadas modalidades de apoio especiais, visando a recuperação de espaços privados, com investimentos comparticipados em 100 por cento.
"A recuperação é fundamental em termos florestais e de segurança, tratando-se de áreas muito elevadas, sobranceiras ao principal centro urbano da Madeira, o Funchal, pelo que, tudo o que se puder fazer na contenção de terrenos e segurança terá reflexos e é um trabalho que vai além da prevenção florestal", argumentou o governante madeirense.
Manuel António Correia considerou que o projeto visitado, da Associação Ecológica do Montado dos Piquetes, que abrange uma área com 20 hectares e que representou um investimento comunitário e do executivo madeirense na ordem dos 250 mil euros, permitiu a plantação 22.800 árvores, incluindo a 'sorveira', uma planta endémica da Madeira, é "exemplar", deve ser replicado noutros locais, estando a decorrer "outros idênticos" no arquipélago.
O secretário sublinhou que "desde alguns anos, o Governo Regional tomou a iniciativa de adquirir para posse pública muitos hectares que pertenciam a centenas e milhares de proprietários privados, tendo adquirido cerca de 2.000 hectares, que junto com a do Parque Ecológico dá 3.000".
O governante salientou que com estes terrenos na posse pública "é possível fazer acessos, colocar sistemas de água, recuperar, fazer benfeitorias para o usufruto de população", considerando que é uma intervenção que, numa primeira análise, pode configurar a retirada de propriedade a particulares, mas estas áreas "acabam por ser devolvidas aos privados, pois cada cidadão vai poder usufruir".
O responsável apontou que muitas vezes é difícil resolver os problemas de recuperação de terrenos privados pois estes são de baixa dimensão, têm muitos proprietários, alguns dispersos ou ausentes, que não estão interessados ou não se entendem para levar este tipo de projetos avante.
Por isso, "normalmente estes projetos resultam em explorações de maior dimensão", como a que visitou.
Fonte: Noticias ao Minuto
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