O Conselho Português de Proteção Civil está muito preocupado com o "mau funcionamento" dos sistemas de georeferenciação de emergências
Em caso de situações de emergência no campo, na cidade ou no mar, as centrais de emergência responsáveis pela receção do pedido de socorro e acionamento dos meios deparam-se com graves limitações de localização da fonte de contacto quando a chamada é originária num telefone móvel ou fixo", alertou esta sexta-feira, em comunicado, o Conselho Porruguês de Proteção Civl (CPPC). "Raramente surge nos ecrãs dessas centrais esse tipo de informação e, quando surge, não tem, na esmagadora maioria dos casos, um grau de precisão aceitável ou útil".
O CPPC sublinha a gravidade da situação, pois o socorro atempado "depende significativamente do tempo de localização das vítimas na estrada, nas praias, na floresta, ou no mar, uma
vez que muitas embarcações na linha de costa usam o telemóvel para pedidos de socorro ao invés do radiotelefone VHF".
No caso do Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM, a central que tem por missão a recepção
de pedidos de socorro em terra e encaminhamento de respectivos meios, "o sistema tem vindo a perder
progressivamente capacidade de localização da chamada do contactante a solicitar auxílio, o que compromete a resposta do socorro atempado e pode por em causa vidas humanas".
O CPPC refere que já tem acontecido os técnicos das centrais de emergência solicitarem a colaboração dos
operadores das redes de telemóvel na geolocalização. "Contudo, a resposta do outro lado é geralmente de que" por imperativos legais tal cooperação só seria possível mediante mandato judicial". "Imagine-se, por exemplo, alguém perdido na floresta ou no mar num dia de nevoeiro, em que não faz a menor ideia de onde se encontra e, tem consigo uma ou mais vítimas de acidente, doença súbita ou naufrágio a necessitar de socorro!", sublinha o comunicado.
O Conselho Português de Proteção Civil conclui o comunicado com um "apelo às respetivas tutelas para a resolução deste grave problema, que a qualquer momento pode custar uma vida humana".
Fonte: dn.pt
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