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Os bombeiros de Matosinhos alertaram esta quarta-feira para os problemas de segurança e socorro no concelho gerados pela falta de apoio da autarquia que responde estar a estudar a melhor forma de evoluir o seu dispositivo de intervenção.
“Os Corpos de Bombeiros de Matosinhos alertam as populações que a protecção e socorro corre sérios riscos por falta de diálogo e financiamento da Câmara Municipal”, refere comunicado divulgado pelos bombeiros de São Mamede de Infesta, Matosinhos-Leça, Leixões e Leça do Balio.
A nota surgiu depois da Assembleia Municipal da noite de segunda-feira, durante a qual dizem os bombeiros que “Guilherme Pinto, presidente do executivo, declinou a responsabilidade de Matosinhos ser o segundo concelho mais perigoso do país”.
Na mesma assembleia foi aprovada, por unanimidade, uma comparticipação para 2014 às associações humanitárias dos bombeiros voluntários do concelho no total de 64.113,16 euros.
Em comunicado, as corporações criticam a “a falta de resposta à proposta das associações apresentada em Janeiro para a criação de uma força mínima de primeira intervenção em permanência nas 4 corporações”.
“De facto a segurança de Matosinhos pode estar em risco na medida em que nós precisamos de estruturar um sistema em que haja garantias de uma intervenção rápida. É exactamente para garantir isso que mandamos fazer um estudo, para verificar qual a melhor estratégia”, explicou à agência Lusa o autarca Guilherme Pinto.
O presidente da Câmara de Matosinhos defendeu que é necessário “fazer evoluir o dispositivo de segurança” do concelho, com a criação de brigadas de intervenção rápida, mas que tal não é possível fazer simultaneamente nas quatro corporações.
Contudo, as corporações dizem que não vão desarmar nem “deixar de exigir com toda a força que o Governo e autarquia cumpram o que por obrigação legal é da sua competência”.
Já o presidente assinalou ser decisivo discriminar “entre as corporações que fazem efectiva prevenção em matéria de protecção civil e aquelas que reiteradamente não têm estado disponíveis para o esforço conjunto”.
Lembrou ainda que já este ano os bombeiros receberam 50.000 euros da autarquia, para ajuda em situações pontuais como o arranjo de viaturas ou a formação em Suporte Básico de Vida, e que “todos os anos a câmara comparticipa para equipamentos individuais de bombeiros”.
Na sequência do estudo, que está a ser levado a cabo pela Universidade do Porto, serão instaladas “numa ou em 2 corporações, no máximo” as brigadas de intervenção rápida, disse.
Fonte: Porto 24
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