Governo diz que não há associações de bombeiros em situação de rutura - VIDA DE BOMBEIRO

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sexta-feira, 26 de junho de 2020

Governo diz que não há associações de bombeiros em situação de rutura


A secretária de Estado da Administração Interna rejeitou hoje haver associações humanitárias de bombeiros "verdadeiramente em situação de rutura", num debate parlamentar no qual foram apontadas "insuficiências nas medidas" do Governo para apoiar estas instituições devido à pandemia.

No longo plenário que decorreu esta manhã na Assembleia da República, um dos agendamentos foram as apreciações parlamentares de PCP e BE do decreto-lei do Governo que estabelece um regime temporário e excecional de apoio às associações humanitárias de bombeiros no âmbito da pandemia, apresentando estes partidos propostas de alteração e não a cessação de vigência, baixando agora esta discussão à comissão da especialidade.

Presente no debate esteve a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, a qual afirmou que "segundo dados fornecidos pela própria Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, até ao dia 25 de junho, solicitaram este apoio financeiro 54 associações humanitárias de bombeiros voluntários".

"E, felizmente, até ao momento, o Governo não tem qualquer informação de que haja associações verdadeiramente em situação de rutura", contrapôs a governante.

Segundo Patrícia Gaspar, o Governo trabalhou "afincadamente num esforço para, no momento em que os equipamentos de proteção individual escasseavam em todo o mundo, conseguir trazer para os corpos de bombeiros cerca de 670 mil equipamentos de proteção individual estando já a ser preparada uma nova distribuição".

"Este foi um passo fundamental, mas não terá que ser o último, num processo volátil e evolutivo, sendo nosso firme propósito garantir os apoios que venham a revelar-se necessários para apoiar um dos setores mais críticos da sociedade", ressalvou.

De acordo com o deputado do PCP António Filipe, "este debate não termina aqui".

"E o que esperamos é que, dada a convergência que se verificou neste debate relativamente à necessidade de apoiar efetivamente as associações de bombeiros, que neste tempo que temos até ao final da sessão legislativa, que os bombeiros possam beneficiar com isso", apelou o deputado.

Na perspetiva do comunista, "a insuficiência das medidas do governo é consensual entre as associações de bombeiros" e "as propostas do PCP vão no sentido de dotá-las do apoio indispensável ao seu equilíbrio financeiro e cumprimento das suas missões".

Pelo BE, Sandra Cunha, considerou que "aquilo que o Governo apresentou é manifestamente insuficiente", alertando que "grande parte das associações humanitárias de bombeiros estão em completa rutura financeira".

"O Governo está a adiantar dinheiro que já é dos bombeiros e a emprestar dinheiro que depois receberá de volta. Não admira que das 435 associações, apenas 40 e tal tenham recorrido a este apoio", criticou a bloquista.

O PAN anunciou durante o debate que também iria apresentar uma proposta de alteração a esta diploma do Governo "para criação de linhas de apoios diretos, a fundo perdido, para associações em dificuldade financeira".

A secretária de Estado respondeu ainda a uma crítica que tinha sido feita pelo PSD: "O Governo não está a fazer de conta e não está a brincar com um assunto que é absolutamente sério para todos nós e para o setor dos bombeiros".

O deputado social-democrata José Cancela Moura considerou que o executivo socialista disse que "criou um pacote excecional, mas afinal não deu rigorosamente nada às associações humanitárias".

"O Governo anda a fazer de conta que faz ou faz de conta que apoia os bombeiros", condenou.

Fonte: Noticias ao Minuto

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