François Hollande já falou aos franceses: confirmou os atentados terroristas fechou fronteiras e declarou estado de emergência.
Ponto de situação: 23h45
Os três atentados que ocorreram na noite desta sexta-feira, 13 de novembro, no centro Paris, causaram 60 mortos e pelo menos 100 feridos, segundo os últimos dados confirmados pelas autoridades à imprensa francesa. Pelo menos cinco explosões e seis tiroteios foram registados por várias testemunhas.
François Hollande, presidente francês, já decretou o estado de emergência nacional e autorizou o encerramento das fronteiras, “para impedir que os culpados saiam do país”.
Em comunicado, a Câmara Municipal de Paris e a polícia francesa pediram aos cidadãos para permanecerem em casa e, a saírem à rua, que seja em casos absolutamente necessários.
Barack Obama já falou em Washington e garantiu que o país “fará o for possível pelo povo francês” e para colocar “os responsáveis [dos atentados] perante a justiça. O presidente dos EUA disse que “este ataque não foi apenas contra o povo francês, mas contra toda a humanidade”.
Os atentados
O primeiro aconteceu num bar próximo do Stade de France, no bairro de Saint Denis, onde está a decorrer a partida de futebol entre a França e a Alemanha. Pelo menos três explosões terão sido vistas e ouvidas por testemunhas, avança a iTélé, um canal de televisão francês. Dois indivíduos terão sido os autores do atentado e utilizaram explosivos com pregos. O Le Monde noticiou que as explosões ocorreram em três restaurantes diferentes.
Milhares de pessoas que estavam nas bancadas do estádio — que tem capacidade para acolher mais de 81 mil pessoas — recusaram-se a abandonar o recinto e estiveram durante vários minutos concentradas no relvado. As explosões foram ouvidas no interior do estádio, quando o jogo ainda estava a decorrer.
O segundo atentado foi registado na Boulevard Voltaire, perto do Bataclan Café, uma das mais famosas salas de espetáculos da capital gaulesa, onde pelo menos três suspeitos terão feito perto de uma centena de reféns. A polícia já rodeou o local e colocou vários atiradores no topo de prédios próximos do local. Já foram registadas trocas de tiros entre os autores do atentado e agentes da polícia parisiense. Pelo menos cinco explosões foram já noticiadas, entretanto, no Bataclan, onde as autoridades ainda estão a enfrentar os terroristas.
Já o terceiro atentado ocorreu na Rue de Charonne, a cerca de quilómetros e meio do local do segundo incidente. Os dois primeiros locais situam-se no 10.º bairro de Paris, enquanto o terceiro já está localizado no 11.º Arrondissement. O Stade de France dista cerca de nove quilómetros da zona onde foram registados os outros dois atentados.
Português fechado em restaurante: "Como é que vamos sair daqui?"
Tiago Marques está a passar o fim de semana em Paris e agora não sabe como regressar. Estava no centro da cidade, num restaurante e ainda de lá não saiu. “A situação está muito tensa. Fecharam as cortinas e recolheram as pessoas todas cá dentro, é um restaurante que dá para a rua, veem-se passar as ambulâncias e a Polícia. As pessoas estão todas agarradas ao telefone”.
Onde Tiago está não foi possível ouvir as explosões, mas a cidade está toda em estado de sítio e a dificuldade acresce para quem está dependente de transportes públicos ou de táxis: “A principal questão é como sair daqui. O restaurante já se esvaziou, houve pessoas que saíram porque tinham carro próprio, quem está dependente de táxis, está fechado”, conta. Apesar da situação, Tiago diz: “Há seguranças lá fora e por isso temos a sensação de estar seguros”.
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