Militares não Combatem Incêndios nem Substituem Bombeiros - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 23 de março de 2017

Militares não Combatem Incêndios nem Substituem Bombeiros


O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, disse hoje que os militares que vão trabalhar em ações de vigilância do rescaldo de incêndios, não vão combater fogos nem pretendem substituir os bombeiros.

"Os militares vão começar a trabalhar na vigilância muito rapidamente e vão trabalhar depois no rescaldo e na vigilância do próprio rescaldo. Nós não queremos os nossos militares a combater incêndios. Não queremos que ninguém substitua os bombeiros, cada um vai ter a sua especialidade e especificidade", disse Jorge Gomes a jornalistas.

O governante deslocou-se hoje à Base de Apoio Logístico (BAL) da Proteção Civil de Castelo Branco, onde 1.320 militares do exército estão desde o início de março, a receber formação adequada para os dotar de competências na vigilância ativa pós-rescaldo de incêndios florestais em apoio à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

"O exército sempre esteve ao nosso lado. Esteve foi de uma forma só quando solicitada e quando se achava necessário. Entendeu este ano o chefe do Estado-Maior que devíamos fazer isto de uma forma estruturada, organizada e com formação", frisou.

Explicou ainda que os militares envolvidos vão andar com equipamentos de proteção individual específicos para o exército, ou seja, não vão andar com o fardamento habitual, mas com equipamento especifico para o tipo de operação que vão realizar.

"São 1.320 militares empenhados na defesa da floresta e no rescaldo dos incêndios. E, é evidente que com a presença do exército na vigilância da própria floresta, dá-nos alguma tranquilidade e descanso e pensamos que possa dissuadir muita gente de ter comportamentos incorretos", disse.

O governante sublinhou que está a trabalhar na área do voluntariado ao nível dos municípios e das freguesias: "Queremos que haja unidades locais de proteção civil que sejam formadas pelas juntas de freguesia, como as unidades de proteção civil municipal".

Jorge Gomes deixou ainda bem claro que não há qualquer intenção do Governo em retirar a proteção civil do Ministério da Administração Interna para o Ministério da Defesa.

"O senhor ministro o que disse é que dentro de alguns anos, os meios aéreos poderão ser geridos pelas forças armadas. Isso é possível que sim e é um desejo que não é só da Administração interna ou da Defesa. É de todo o governo que a participação das Forças Armadas Portuguesas seja cada vez maior", concluiu.

O chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, explicou que o exército, na sua componente de missão, tem uma parte que diz respeito ao apoio, ao desenvolvimento e bem-estar da população.

"E, isto é nitidamente uma missão nesse âmbito e que os portugueses aceitam e vêm com agrado. O exército já vinha a ser empenhado, mas havia necessidade de o fazer de uma forma mais organizada, mais coerente, com formação e equipamentos", sustentou.

O general reforçou ainda a ideia de que não se trata de uma substituição às funções dos bombeiros, mas sim de uma missão complementar, feita de uma forma mais estruturada, mais equilibrada e mais consistente.

Fonte: Noticias ao Minuto

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